sábado, 2 de abril de 2011

Homenagem a Shabhaz Batti

Aura Miguel RR on-line 01-04-2011 09:21 Shabhaz Batti, 42 anos, ministro para as Minorias Religiosas do Paquistão, foi morto em plena luz do dia, no seu próprio país, pela Al-Qaeda. (ver biografia aqui) Era o único católico do Governo e, em defesa das minorias, tentou derrogar a lei da blasfémia que condena à morte quem se opõe ao Islão e ao profeta Maomé. Por causa disso, foi ameaçado de morte e depois morto pelos talibã. No seu testamento espiritual, deixou escrito o seguinte: “Quero que a minha vida diga que eu sigo Cristo. Esse desejo é tão forte em mim que consideraria um privilégio se Jesus quisesse aceitar o sacrifício da minha vida”. Numa outra entrevista, pouco antes de morrer, afirmou: “Creio em Jesus Cristo que deu a sua vida por nós. Sei qual é o significado da cruz e sigo a cruz. (…) Estas ameaças não podem mudar os meus princípios. Prefiro morrer do que ceder a ameaças”. A entrevista está disponível no You Tube (ver aqui). Um mês depois da sua morte, aqui fica a homenagem a este ministro.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Agenda Europa

Aura Miguel

RRonline 14-01-2011 07:15

Gastaram cinco milhões de euros para fazer e distribuir esta agenda. Colorida e de aspecto simpático, já chegou a 3200 escolas secundárias, ONGs e instituições variadas, espalhadas por todo o espaço da UE, incluindo Portugal. Folheamos a dita agenda e encontramos indicações consideradas úteis sobre sexo seguro, como deixar de fumar, ser tolerante e combater a xenofobia. Há sete anos que existe esta agenda, mas desta vez resolveram incluir referências ás principais festas religiosas. Assim, a “Agenda Europa” assinala as festas dos judeus, dos muçulmanos, dos hindus, fala do ano chinês… mas, sobre as festas do cristianismo nem uma só palavra. A maior religião da Europa não merece qualquer referência… por exemplo, abrimos a agenda no dia 25 de Dezembro e ficamos a saber que a primeira árvore de Natal surgiu na Estónia no século XV… e se formos ver o que diz a agenda no Domingo de Páscoa, encontramos umas breves linhas sobre a deusa Europa. Choveram protestos da França, Polónia, Itália, Irlanda e Espanha. Durão Barroso mandou dizer que vai fazer três milhões e duzentas mil erratas para juntar às agendas já distribuídas. É a Europa que temos!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CONTRA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA




O tema da nossa geração

O Papa anda de novo nas notícias. Foi insultado em Barcelona e falou do preservativo num livro (Luz do Mundo, Lucerna 2010). Parece que a sociedade não entende mesmo a Igreja. Olha que novidade! Nunca entendeu. Podemos até caracterizar cada geração pelos motivos da sua crítica anticatólica.

O tema hoje é... sexo. O que traz à discussão elementos curiosos e efeitos profundos. O debate do preservativo mostra-o bem. Imagine um jornalista perguntar ao médico: "Devo fumar cigarros com filtro?" A resposta natural é que não deve fumar. Então o jornal publica a manchete: "Medicina é contra o filtro." O mal é o tabaco, mas os médicos também acham que uma vida saudável não precisa de filtros para respirar. Então um jornalista mais insistente consegue que o médico diga: "Se faz o erro enorme de fumar, então use filtro", e o jornal publica a novidade: "Medicina muda de posição sobre o filtro." Foi uma tolice deste calibre que se verificou agora.

O Papa não mudou de posição. A Igreja é contra o adultério, prostituição, promiscuidade e fornicação. Ensina que o sexo, uma das coisas mais maravilhosas que Deus fez, só deve ser vivido numa relação estável e fecunda no seio do matrimónio, sem barreiras artificiais contraceptivas. "Usar deste dom divino, destruindo o seu significado e a sua finalidade, ainda que só parcialmente, é estar em contradição com a natureza do homem" (Encíclica Humanae Vitae, 1968, n.º 13). Foi neste âmbito, dentro dos casais católicos, que a questão do preservativo foi controversa há anos, quando Paulo VI reafirmou a doutrina de sempre.

É evidente que nos outros casos a questão fica radicalmente diferente. No pecado gravíssimo do sexo fora do matrimónio, o preservativo torna-se um detalhe. Quem despreza o sexto mandamento, cometendo adultério ou recorrendo à prostituição, não tem escrúpulo de violar essa outra regra menor. A Igreja opõe-se às campanhas de promoção do preservativo, não por repúdio fanático do instrumento, mas porque esse meio, pretendendo proteger a saúde, promove a promiscuidade e aumenta o risco de sida.

A sociedade hoje anda viciada em libido, como de tabaco há anos. Castidade, pureza, fidelidade são incompreensíveis. Isso passa e voltaremos ao normal. Sabemos bem como delírios colectivos, a que assistimos tantas vezes e parecem imparáveis, se esfumam depois. O problema destas fúrias culturais está nos estragos que deixam.

A França de setecentos e a Rússia de novecentos quase se destruíram na embriaguez da revolução. Agora a cultura preservativa ameaça as sociedades que inquinou. Queda drástica de fertilidade e casamento, envelhecimento da população, degradação da família estiolam o crescimento, dinamismo social, vitalidade cultural. Pior que os tumultos antigos, o vício hedonista deteriora o tecido humano por definhamento. Entretanto o vício ataca a Igreja com disparates daquele calibre por ignorar o sentido da doutrina.

Os papas são incompreendidos e insultados há dois mil anos. Nos primeiros séculos todos morreram mártires. Depois houve papas raptados, enxovalhados, presos, assassinados. Há cem anos era normal a maçonaria gritar e atirar projécteis às janelas do palácio pontifício. O antecessor do actual bispo de Roma foi alvejado com quatro balas.

Sempre se atacou a Igreja. Os motivos é que variaram. Os antigos romanos perseguiam por razões religiosas, como depois os protestantes. Os bárbaros pretendiam credibilidade política, como Napoleão ao prender Pio VII. Os iluministas e maçons tinham um modelo social, como os soviéticos e maoistas. Criticou-se o Papado por defender os indígenas, condenar o absolutismo, ter riquezas, ser pobre, criticar as Cruzadas, promover as Cruzadas, controlar a Inquisição, instituir a Inquisição, etc. Tudo serviu para insultar papas.

Nesta vastíssima variedade de dois milénios, o nosso tempo conseguiu a proeza de ainda ser original. A razão dos insultos de Barcelona, como de Londres, foi homossexualidade e preservativo. Esse é o tema que na História marcará a nossa geração.
D.N.
2010-12-06
JOÃO CÉSAR DAS NEVES

domingo, 14 de novembro de 2010

Dos Homens e dos Deuses

"Dos homens e dos deuses": fé e despojamento
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Em 1996, sete monges da Ordem Cisterciense da Estrita Observância são raptados e assasinados em Tibhirine, aldeia aninhada na região argelina do Magrebe. É o culminar da escalada de violência que opõe o Grupo Islâmico Armado (GIA), extremista, ao governo que acusa de corrupto. O impacto deste horrível desaparecimento, cujos contornos exatos estão ainda por esclarecer, extende-se até aos nossos dias, levado agora ao cinema sob direção do realizador francês Xavier Beauvois.

A obra, reconhecida com o Grande Prémio do Festival de Cannes e merecedora da forte e comovida chuva de aplausos que encheram o Palais des Festivals na noite do passado 23 de maio, é uma extraordinária ode à fé, ao amor ao próximo e ao espírito de serviço que cumpre, em estilo e estrutura narrativa, o despojamento do seu sujeito.

Com efeito, é-nos dado comungar a forma abnegada como uma comunidade de homens lida com uma realidade adversa para a qual não contribui senão com a sua vocação de amor e dádiva. Uma vocação reafirmada ao arrepio das pressões externas para abandonarem a aldeia que servem à sua sorte.
Sem ceder a tentações sensacionalistas, Beauvois desvenda aos nossos olhos o dia-a-dia daquele pequeno mosteiro de Tibhirine, dos seus sete habitantes e da pacata população da aldeia local, induzindo progressivamente o adensar do contexto violento que involuntariamente envolve uns e outros.

Simples e acessível, a linguagem fílmica pretere o horror dos acontecimentos, trágicos, e da crescente violência, ao espírito com que aquela irmandade os enfrenta. Um espírito sustentado na sua extraordinária força e revitalizado na dúvida e fraqueza pela oração, pelo permanente desejo de união e comunhão, pelo tempo e oportunidade concedidos ao discernimento.
Mais que um nefasto episódio da história política ou religiosa, estamos perante uma obra que nos propõe um caminho, pela busca do verdadeiro sentido da vida: o que os sete monges sacrificados, na sua fé cristã, encontraram, e que Xavier Beauvois tão bem percorre, alumiando-o para crentes e não crentes.
“Dos Homens e dos Deuses” (122 minutos) estreou em Portugal esta 5.ª feira, 11 de Novembro.


domingo, 19 de setembro de 2010

O novo martírio: ser ridicularizado

O Pontífice indicou que "o preço a ser pago pela fidelidade ao Evangelho já não é ser enforcado, desconjuntado, esquartejado"; não obstante, aqueles que proclamam a fé com fidelidade nos tempos atuais muitas vezes devem pagar outro preço: "ser excluído, ridicularizado".

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Da verdade

A carta que se segue foi escrita pelo padre salesiano uruguaio Martín Lasarte, que trabalha em Angola, e endereçada a 6 de Abril ao jornal norte-americano The New York Times. Nela expressa a sua perplexidade diante da onda mediática despertada pelos abusos sexuais de alguns sacerdotes a par do desinteresse que o trabalho de milhares religiosos suscita nos meios de comunicação.

Eis a carta.

Querido irmão e irmã jornalista:

Sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.

Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo. Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes...

Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.

É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo.

Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...

Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino.

Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.

Tampouco que Frei Maiato com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.

Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos... ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.

Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos.

Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve. A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.

Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos. Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...

Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido.

Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.

Em Cristo,
Pe. Martín Lasarte, SDB.

sábado, 3 de julho de 2010

As mulheres católicas na 1.ª República


O papel das mulheres católicas na I República é visível na resistência a determinadas
medidas e, sobretudo, à execução da Lei da Separação (Abril de 1911). A posição é
assumida pela historiadora Maria Lúcia Brito e Moura, em entrevista à Agência ECCLESIA.
A especialista dá o exemplo do caso dos inventários - na Lei da Separação foi declarado
que os bens que, tradicionalmente, estavam em poder da Igreja passavam para o poder
do Estado. "As mulheres saíram em defesa desses bens. Houve necessidade de fazer
arrolamentos que deviam decorrer no prazo de 3 meses. Estas dificuldades surgiram no
Norte de Portugal, mais nas zonas rurais porque nas zonas urbanas era mais fácil uma
comissão de arroladores ir a uma igreja e passar despercebida".
Sobre o esforço anti-clerical do regime, Maria Lúcia Brito e Moura frisa que "na última
década antes do 5 de Outubro de 1910, os propagandistas republicanos "pregaram" ao
povo que o país só avançaria e teria progresso - na linha de Augusto Comte - se o estado
teológico fosse esquecido".

Ler aqui.

Mulheres Católicas na 1.ª República


sexta-feira, 25 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cartas para Deus

Of God and Men



«De Deuses e Homens», um filme do director francês Xavier Beauvois, é uma história real de oito monges cistercienses que foram feitos refens e assassinados por fundamentalistas islâmicos em 1996. Apesar de serem convivados a regressarem a França, o grupo recusou e optou por permanecer na conflictiva região das montanhas da Argélia, sabendo que correriam o risco de ser martirizados.

O filme foi galardoado no passado domingo com o «Grand Prix», que é o segundo mais alto galardão do festival.

É SURPREENDENTE: O EVANGELHO ESTÁ NA MODA NA MECA DO CIMEMA: Hollywood, e o cinema em geral, aposta agora em producçõess de inspiração cristã depois de comprovar o seu grande êxito. A industria do cinema americano está surpreendida pelo grande acolhimento que os novos filmes de temática cristã têm tido. PORQUE SERÁ?

Fonte: Padres Inquietos

Isabel Zaragoza Guerra: a freira pintora







Referência da pintura espanhola contemporânea, madre Isabel Guerra é uma pintora hiperrealista, em cujos quadros o tratamento da luz tem especial significado. Alguns tem comparado sua obra com a do pintor holandês Vermeer. Autodidata, iniciou-se na pintura aos doze anos, e, aos 23, ingressou na vida monástica. Vive atualmente em clausura, no “Monastério de Santa Lucía” ,da Ordem Cisterciense, em Zaragoza, Espanha. Para ela, “pintar e amar a Deus” se completam. O tema de seus quadros é, principalmente, a figura humana: jovens adolescentes -”porque asimilamos la esperanza a la juventud’, em atitudes de serenidade e repouso, mas também pinta naturezas mortas com grande maestria técnica. Autora também de livros, a cada tres anos vai a Madri expor seus trabalhos, que atrai enorme público. Acadêmica de honra da Real Academia de Belas Artes de San Luis e acadêmica correspondente da Real Academia de Belas Artes e Ciências Históricas de Toledo, Isabel começa sua jornada às cinco da manhã e, depois de quatro horas de oração, às nove e meia começa seu trabalho no ateliê de pintura. Este, é o único que diferencia sua vida das demais religiosas do mosteiro, já que estas se dedicam a restaurar livros antigos. A vida no convento serviu para um isolamento sereno das preocupações terrenas. Ela declara estar convencida que o mundo não deve perder as esperanças. Sua obra contém uma mensagem de resistência: “a beleza sendo possível, nem tudo está perdido…” “Mis lienzos buscan ser carta abierta a los hombres y mujeres de este tiempo, cuyas tumultuosas aguas forman imponente cascada que cae sobre el cauce estremecido del tercer milenio… ¡Ojalá pudieran ser carta dictada por el Sol que nace de lo alto! Una carta claramente iluminada por la Luz”. (Isabel Guerra)


Texto daqui.






Dar o testemunho é importante

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Contra a Corrente

Ser padre é uma vocação tão sublime que remete para o primado absoluto de Cristo no meio do
mundo. No meio deste mundo desorientado, hostil à fé católica, onde cresce o cinismo e a superfi cialidade, em que se exalta o presente e se cancela tudo o que remete para as coisas de Deus, ser padre é mesmo uma provocação.

Como disse ontem o Papa no encontro com milhares de sacerdotes - no encerramento deste ano que lhes foi dedicado – apesar das difi culdades, o mais importante é estar apaixonado por Cristo e contagiar os outros com o Seu fogo de amor.

Afinal, é isso mesmo que Bento XVI testemunha com a sua própria vida. Ele e dezenas de milhares de sacerdotes que livremente dizem “sim” a Cristo. Prontos a dar a vida para nos testemunhar que vale a pena arriscar tudo por Ele – mesmo ao arrepio das modas deste mundo.

Aura Miguel

Bispo assassinado na Turquia mas os media por isto não se interessam...


Se este bispo tivesse cometido algum abuso sexual, estava já em todas as páginas dos jornais e noticiários de rádio e televisão... Mas, como foi assassinado não constitui notícia que interesse aos mediadivulgar.



El brutal asesinato del líder de la Iglesia católica en Turquía, el obispoitaliano Luigi Padovese, que la semana pasada fue apuñalado y degollado ensu casa, podría haber sido «un sacrificio ritual» relacionado con «gruposultranacionalistas» y «fundamentalistas islámicos», según aseguró este lunesAsianews, la agencia de noticias del Pontificio Instituto de MisionesExtranjeras (PIME).
En un primer momento, se dijo que el asesino, Murat Altun, sufría undesequilibrio mental y había actuado movido por la locura. Sin embargo, elabogado de la Iglesia turca, Ercan Eris, sostiene que no existe ningúninforme sanitario que demuestre la presunta enfermedad del asesino,destacando que éste «no puede haberse deprimido en un sólo día», destaca laagencia.
Sí parece, en cambio, que «en los últimos tiempos él mismo decía que estabadeprimido pero esto podría haber sido una "estrategia" ideada por Murat parapoder defenderse», agrega.
La autopsia de los médicos reveló que monseñor Padovese había recibido ochocuchilladas en la zona del corazón, además de otras muchas por todo elcuerpo. Además, su cuerpo había sido decapitado.
Según Asianews, algunos testimonios afirman que tras el asesinato, Muratsubió al techo de la casa gritando: «He matado al gran satanás!¡Allah Akbar!(Alá es grande)». Todo ello lleva a «intuir» que pueda haberse tratado de un«sacrificio ritual contra el mal», por lo que el asesinato podría estarrelacionado «con los grupos ultranacionalistas» y «fundamentalistasislámicos que quieren eliminar a los cristianos de Turquía», agrega laagencia misionera.
Ahora, «ante estos nuevos y espeluznantes detalles, habría que revisar lasdeclaraciones del Gobierno turco y las primeras convicciones expresadas porel Vaticano», que aseguró que el asesinato no tenía connotaciones políticasy religiosas, concluye la agencia.
Entre tanto, esta tarde se celebraron los funerales del obispo en laCatedral del Vicariato Apostólico de Anatolia. En la homilía, el arzobispode Esmirna, monseñor Ruggero Franceschini, aseguró que la muerte de Padovese«recuerda que la fidelidad al Evangelio, en ciertas situaciones, puede serpagada incluso con la sangre».

sábado, 29 de maio de 2010

A pedrinha


















































Confie...
As coisas acontecem na hora certa.







Exatamente quando devem acontecer!







Momentos felizes, louve a Deus.







Momentos difíceis, busque a Deus.







Momentos silenciosos, adore a Deus.







Momentos dolorosos, confie em Deus.







Cada momento, agradeça a Deus.

domingo, 23 de maio de 2010


Ver o início do documentário aqui: http://www.romereports.com/palio/modules.php?name=sexabuse&newlang=english

terça-feira, 4 de maio de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dossier sobre abusos na Igreja


Está disponível, a partir de hoje, na página da Renascença
na Internet, um dossier multimédia, dedicado ao
assunto dos abusos na Igreja.
Em “Pedofi lia: Marcas de Sofrimento”, encontrará um
pacote de informação muito completo, com recurso a
entrevistas com especialistas, arquivo das principais notícias
sobre o assunto, declarações de altas fi guras da
Igreja e uma cronologia completa dos principais desenvolvimentos.
Poderá encontrar, ainda, as indicações da Santa Sé sobre
como proceder nestes casos e ligações para os principais
documentos ofi ciais, ligados às questões dos abusos sexuais
e da pedofi lia, praticada por membros do clero,
num escândalo que tem ganho maiores proporções nos
últimos meses.
Dossier disponível em http://www.rr.pt/informacao_
detalhe.aspx?fi d=95&did=100860

domingo, 11 de abril de 2010

É bom estar de volta!

Repensar seriamente o casamento de homens ordenados

Seja como for, o celibato obrigatório não vem de Jesus, é uma lei dos homens, e, como disseram os apóstolos: "Importa mais obedecer a Deus do que aos homens." E os bispos e o Papa são homens.
É contraditório afirmar o celibato como um carisma e, depois, impô-lo como lei. Por isso, muitas vozes autorizadas na Igreja pedem uma reflexão séria sobre o tema. Há muito que o cardeal Carlo Martini faz apelos nesse sentido. Agora, junta-se-lhe o cardeal Ch. Schönborn, de Viena. O bispo auxiliar de Hamburgo, J.-J. Jaschke, sem pôr em causa o celibato livre, afirmou que "a Igreja Católica se enriqueceria com a experiência de padres casados".

Ver mais aqui (Anselmo Borges, DN).

terça-feira, 6 de abril de 2010

A Pedofilia e a Igreja

Entrevista que o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada concedeu ao Expresso, tendo respondido por e-mail às perguntas que lhe foram feitas. A entrevista não foi usada na peça que o Expresso escreveu sobre o tema da pedofilia e a Igreja, sem que o Padre Gonçalo tenha recebido qualquer explicação ou sequer agradecimento pelo incómodo. Como me parece que é de utilidade para todos com autorização do autor, divulgo-a hoje, agradecendo desde já ao Padre Gonçalo a clareza com que trata o assunto.

1. Qual a sua opinião sobre o fenómeno da pedofilia na Igreja Católica?

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada: Como é evidente, não posso deixar de lamentar todos os crimes de abusos de menores. Não só lamento sinceramente todos os casos de pedofilia como espero que as entidades civis e eclesiais competentes tomem as medidas adequadas para a total erradicação deste fenómeno na sociedade e na Igreja. Não ignoro, contudo, que a esmagadora maioria destes casos ocorre no seio das famílias, sobretudo das mais disfuncionais, e das instituições do Estado, como o triste caso Casa Pia demonstrou, e não nas instituições da Igreja que, embora também vulneráveis, são, por regra, exemplares no seu desinteressado e muitas vezes heróico serviço aos mais necessitados.

2. Como explica o facto deste fenómeno ter assolado a Igreja Católica?

Pe. GPA: Há um manifesto exagero na afirmação de que este fenómeno tem «assolado a Igreja». Temo que o sensacionalismo criado à volta destes casos e o modo como a Igreja Católica tem sido a eles associada por certa imprensa não seja de todo inocente.

3. Quer exemplificar?

Pe. GPA: Com certeza. Segundo Massimo Introvigne, que cita um estudo de 2004 do John Jay College of Criminal Justice, foram 958 os padres acusados de pedofilia nos Estados Unidos, num período de 42 anos, tendo resultado a condenação de 54, aproximadamente um por ano. Se se tiver em conta que nesse mesmo lapso de tempo foram condenados pelo crime de pedofilia 6.000 professores de ginástica e treinadores desportivos, é necessário concluir que o principal alvo desta campanha mediática não é a pedofilia, que é apenas um pretexto, mas a Igreja e, mais especificamente, o Papa e o sacerdócio católico. Com efeito, é significativo que, citando Jerkins, a maior parte dos casos de abusos de menores protagonizados nos Estados Unidos por clérigos tenham sido perpetrados por pastores protestantes e não por padres católicos e, no entanto, contrariando a mais elementar justiça e objectividade, são apenas estes últimos, em termos mediáticos, os bodes expiatórios...

4. Entende então que se trata de uma perseguição contra a Igreja Católica?

Pe. GPA: Certamente. Qualquer pessoa de bem, mesmo não sendo católica, vê com preocupação esta crescente onda de intolerância laicista, porque sabe que, hostilizada a Igreja Católica ou neutralizada a sua acção social, quem fica a perder é a família, porque nem o Estado nem nenhuma outra instituição é capaz de assegurar o serviço que a Igreja Católica presta às famílias portuguesas, sobretudo às mais carenciadas.

5. A Igreja portuguesa está a investigar com a necessária diligência as suspeitas sobre padres pedófilos?

Pe. GPA: Muito embora a hierarquia eclesiástica não possa, nem deva, ignorar as suspeitas de padres pedófilos, não só não é sua principal missão investigar estes casos como também não conta com estruturas adequadas para uma tal missão. Mais do que a lógica da suspeita e da delação, tão ao gosto dos novos fariseus, a Igreja há dois mil anos que se rege pela lógica da confiança e do perdão, seguindo o exemplo do seu Mestre que, embora provocando a indignação dos hipócritas, desculpou a adúltera, como também perdoou a tripla traição de Pedro. Mais do que poder ou tribunal, a Igreja é comunhão e família e, por isso, alegra-se e sofre com todas as glórias e misérias dos seus filhos. A Igreja, que é santa na sua origem e nos seus fins, é pecadora nos seus membros militantes que, contudo, não enjeita, se neles reconhece um autêntico propósito de conversão.

6. Quer com isso dizer que a Igreja condescende com a pedofilia do seu clero?

Pe. GPA: De modo nenhum, pois a Igreja não condescende nunca com a prevaricação de quantos, investidos na especialíssima responsabilidade do ministério sacerdotal, desonram essa sua condição. Possivelmente, a condenação mais severa de todo o Evangelho é a que Cristo dirige precisamente aos pedófilos e a quantos são motivo de escândalo para os mais novos. Esse ensinamento evangélico, como todos os outros, não é letra morta na doutrina, nem na praxe eclesial.

7. Pode dar alguns exemplos de documentos da Igreja sobre esta questão?

Pe. GPA: Sem a pretensão de ser exaustivo, permita-me que, a este propósito, recorde alguns dos mais recentes documentos da Santa Sé sobre este particular: - a instrução Crimen sollicitacionis, de 1922 e que, em 1962, o Beato João XXIII reafirmou e na qual se esclarece a obrigação moral de denunciar estes casos; - o Código de Direito Canónico, que reafirma a excomunhão automática, ou seja, a imediata expulsão da Igreja, do confessor que alicia o penitente, qualquer que seja a sua idade ou género, para um acto de natureza sexual; - o Catecismo da Igreja Católica, que renova a condenação da pedofilia; - e o documento De delictis gravioribus, de 2001, que regulamenta o Motu Proprio Sacramentum Sanctitatis tutela, do Papa João Paulo II que, para evitar qualquer local encobrimento destes delitos, atribui a necessária competência à Congregação para a Doutrina da Fé, então presidida pelo actual Papa.

8. Não obstante esta condenação formal da pedofilia, não é verdade que tem faltado vontade política de aplicar as correspondentes sanções?

Pe. GPA: À hierarquia da Igreja não tem faltado a firmeza necessária para punir os eclesiásticos que incorreram em actos desta natureza. Foi o que aconteceu a um cardeal arcebispo de uma capital centro-europeia, que foi recluído num convento e proibido de qualquer acto público. Foi também o caso do fundador de uma prestigiada instituição religiosa, que foi também suspenso do ministério pastoral, demitido das suas funções de governo na estrutura eclesial por ele fundada, que foi sujeita a inspecção canónica, e obrigado a residir em regime de quase-detenção numa casa religiosa.

9. E se se vier a verificar algum caso no clero português?

Pe. GPA: Como se sabe, graças a Deus não há memória de nenhum sacerdote português, diocesano ou religioso, que tenha sido alguma vez condenado por um crime desta natureza. Se porventura se desse também entre nós algum caso, não tenho dúvidas de que o nosso episcopado, de acordo com as normas a que está obrigado, saberia agir com justiça e caridade.

10. Concorda com as críticas veladas de vários sectores da sociedade que acusam a Igreja de pouco fazer para garantir a total transparência destes processos? A maioria dos casos suspeitos é, regra geral, arquivado pelo Ministério Público. Segundo algumas fontes policiais, «as vítimas retraem-se mais tarde, devido ao ascendente dos alegados agressores».

Pe. GPA: Dada a minha sensibilidade cristã e formação jurídica, causa-me algum desconforto o uso e abuso de expressões tão vagas e perigosas como «críticas veladas», «casos suspeitos», «alegados agressores», porque tendem a criar uma suspeição generalizada. Há um princípio geral de inocência que não pode ser contrariado: um político, um professor, um padre ou um desempregado que seja burlão não faz da sua mesma condição todos os políticos, professores, padres ou desempregados. Se um violador que é engenheiro, como o recentemente detido, não infama todos os engenheiros, nem suscita uma caça aos engenheiros violadores, porque razão um padre pedófilo, se o houver, provoca esta tão desmedida reacção nos meios de comunicação social?!

11. Pode-se dizer que a associação entre pedofilia e sacerdócio católico não é arbitrária, na medida em que é entre os padres que tendem a verificar-se delitos desta natureza?

Pe. GPA: Não, porque uma tal pressuposição carece de fundamento, como as estatísticas mais recentes provam. Por exemplo, na Alemanha, segundo Andrea Tornielli foram notificados, desde 1995, 210.000 casos de delitos contra menores, mas apenas 94 desses casos diziam respeito a eclesiásticos, ou seja, um para cada dois mil envolvia algum sacerdote ou religioso católico. O inquérito Ryan, sobre a situação na Irlanda, é também esclarecedor porque, num universo de 1090 crimes cometidos contra menores em instituições educativas, os religiosos católicos acusados de abusos sexuais foram 23.

12. Talvez alguém entenda que, muito embora haja também pedófilos que não são padres, o crime para que mais tendem os sacerdotes católicos é o abuso de menores.

Pe. GPA: Também não é verdade porque, de acordo com Mons. Scicluna, perito da Congregação para a Doutrina da Fé, que é o organismo da Santa Sé que superintende estes casos, entre os anos 2001 e 2010, houve notícia de 300 casos de pedofilia num total de 400.000 padres. Além disso, os abusos de menores são apenas 10% de todas as acções criminais praticadas por sacerdotes católicos.

13. Mas do ponto de vista da psiquiatria, tudo leva a crer que o celibato sacerdotal é, em boa parte, responsável pelos abusos de menores realizados pelo clero católico…

Pe. GPA: Pelo contrário. Manfred Lutz, um psiquiatra especialista na matéria, afirmou que o celibato sacerdotal não só não incita à prática destes crimes como até favorece uma atitude de respeito e de ajuda aos menores. Esta conclusão científica prova-se também pelo facto de, entre os clérigos condenados por este crime, haver mais pastores protestantes, casados, do que sacerdotes católicos, celibatários, e ainda porque a grande maioria dos pedófilos são casados o que, obviamente, não pode ser usado contra o casamento.

14. Consta na opinião pública que a maioria dos casos suspeitos de padres pedófilos, não é objecto de investigação, nem de posterior procedimento criminal…

Pe. GPA: Se assim é, de facto, não é certamente por culpa da Igreja, que nada tem a ver com as investigações policiais, nem muito menos com as diligências judiciais. Embora se tenda a crer que a Igreja e o seu clero gozam de um tratamento de excelência na sociedade portuguesa, a verdade é que não deve haver instituição pública nem classe profissional mais maltratada nos media do que a Igreja Católica e os seus sacerdotes.

15. Porque o diz?

Pe. GPA: Permita-me que lhe dê um exemplo. Há uns meses atrás, um pacato pároco português foi detido com enorme aparato por quatro ou cinco polícias trajados a rigor, como se o pobre padre de aldeia fosse um perigoso terrorista, quando na realidade era apenas um mero caçador que tinha por licenciar algumas armas. À notícia, transmitida nos noticiários televisivos, foi dado um aparato que, de não ser dramático, teria sido ridículo, até porque aquele pacífico sexagenário não representava nenhum perigo público. Não foi com certeza por acaso que se forjou toda aquela fantástica encenação, como também não foi por acaso que se convidaram as televisões… Mas factos ocorridos há dezenas de anos numa instituição pública, como a Casa Pia, e de que foram vítimas dezenas de adolescentes, ainda não conhecem uma decisão judicial… Será isto justiça?!

16. Mas não acha que o incumprimento de uma obrigação por um padre é um escândalo?

Pe. GPA: É verdade que é exigível aos prestadores de serviços públicos uma especial responsabilidade: é razoável que o incumprimento de uma obrigação fiscal por parte um governante seja notícia, mas já o não seja se o prevaricador for um anónimo cidadão. Mas o escândalo não pode ser utilizado como arma de arremesso ideológica, sob pena de que aconteça aos padres católicos de agora o que aconteceu aos judeus alemães, durante o regime nazi.

17. Surpreendem-no estes casos de padres pedófilos?

Pe. GPA: Nenhum pecado é surpresa para nenhum padre e todos os padres sabemos que somos capazes de todos os erros e de todos os horrores. Não é por acaso que, na Semana Santa, a Igreja recorda o tristíssimo caso de Judas Iscariotes, que muito significativamente os evangelistas não silenciaram, quando poderiam tê-lo feito, a bem do prestígio da sua condição sacerdotal e do bom nome da Igreja. Graças a Deus conheço muitos padres, quer seculares como eu, quer religiosos, e confesso-lhe que não conheço nenhum que não mereça a minha admiração.

18. Tem ouvido, mesmo que rumores, de casos de pedofilia por parte de alguns padres? Ou é uma completa surpresa para si a existência deste tipo de casos, que acabam por manchar o nome da instituição secular?

Pe. GPA: Tenho uma enorme devoção por todos os meus irmãos sacerdotes, na certeza de que até no menos bom há, pelo menos, a grandeza do dom e da missão a que foi chamado. Também não ignoro que nenhum de nós, por mais qualidades que possa ter, é indigno dessa graça, pelo que nunca me surpreenderá encontrar nos outros alguma da miséria que diariamente descubro em mim. Mas, mesmo que essa constatação possa de algum modo perturbar-me, confesso-lhe que mais do que a traição de Judas, me admira a santidade e o martírio dos outros onze apóstolos. Talvez por isso, não tenho tempo para ouvir esses rumores de que fala, ou tempo para olhar para essas manchas a que alude e que não ignoro, porque prefiro contemplar a eterna beleza da Igreja, que procuro amar com todo o meu coração.

19. Já denunciou algum caso às autoridades eclesiásticas?

Pe. GPA: Denunciar é um termo que não faz parte do meu dicionário e, como padre, a minha missão não é acusar o culpado, mas perdoar o arrependido.

20. Já teve alguma suspeita de abusos por parte de algum colega seu?

Pe. GPA: Como não é meu hábito falar das vidas alheias, permita-me que, em vez de falar dos meus colegas, lhe diga o que eu desejaria que me acontecesse se caísse numa dessas situações, até porque é isso mesmo que desejo aos meus irmãos sacerdotes. Se tivesse um dia a desgraça de incorrer nalgum comportamento menos próprio da minha condição sacerdotal, agradeceria que os meus irmãos na fé, padres ou não, tivessem a coragem de me fazerem a correcção fraterna, tal como Nosso Senhor determinou. Se o meu desvario persistisse, não obstante essa caridosa advertência, aceitaria de muito bom grado que o meu bispo utilizasse todos os meios ao seu dispor, sem excluir os civis e penais, para a minha emenda, na certeza de que essa expiação, embora dolorosa, contribuiria decerto para o bem das almas e para a minha salvação.

(Recebido por e-mail.)

domingo, 4 de abril de 2010

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Freira estilista


Roupas desenhadas, cortadas ou costuradas pela irmã Maria Elena, da ordem das Imaculadas de Gênova, vão ser usadas por modelos nas passarelas romanas durante a semana da alta moda na cidade, que vai do dia 27 a 30 de janeiro.

Mais aqui.

"O Sal da Terra", de Eloi Pires Ferreira



Outros aqui.

Mais sobre o filme aqui.

http://www.osaldaterra.com.br/

Sexta-Feira Santa


terça-feira, 23 de março de 2010

Um certo dia um Homem...

Evangelho

Quem nunca pecou que atire a 1.ª pedra.

domingo, 14 de março de 2010

E se as mulheres fizessem greve?

O dever de romper o silêncio

“Cristianofobia”. É este o título do mais recente livro de René Guitton, escritor francês que percorreu o mundo e denuncia a actual perseguição em curso contra os cristãos. O livro – que venceu o Prémio Direitos do Homem, do parlamento italiano – traça o mapa da aversão ao cristianismo no mundo e refere-se, sobretudo, à Índia e às perseguições no Sri Lanka, Paquistão, Iraque, Sudão e Nigéria (só neste país foram massacrados 500 cristãos, nos últimos dias). As perseguições foram desencadeadas por fanáticos muçulmanos e – no caso da Índia – por hindus.

A Europa cala-se. Tal como se cala a esmagadora maioria dos media, dos políticos, dos analistas e até dos que se arrogam “defensores das minorias”. Como se houvesse minorias boas e minorias más. As minorias boas que vivem no Ocidente (e que é preciso defender com unhas e dentes); e as outras, que é melhor ignorar, mesmo quando se trata de massacres sucessivos. Romper esta onda de silêncio é um dever e uma obrigação. Sob pena de sermos coniventes.

O que é a Quaresma?

Mandaram-me por correio electrónico:

Você quer jejuar
e fazer abstinência
nesta quaresma ?

Abstenha-se de julgar os outros
e descubra o Jesus que mora neles.
Abstenha-se de palavras ofensivas
e encha-se de frases elogiosas.
Abstenha-se do descontentamento
e encha-se de sentimentos de gratidão.
Abstenha-se de sentimentos de raiva
e encha-se de mansidão e paciência.
Abstenha-se do pessimismo
e encha-se de confiança no Senhor.
Abstenha-se de preocupações demasiadas
e encha-se da lembrança da ternura de Deus.
Abstenha-se de queixar-se de tudo
e encha-se das belezas da criação.
Abstenha-se de trabalhar sob pressão
e encha-se de tempos de oração.
Abstenha-se da amargura e tristeza
e encha de alegria o seu coração.
Abstenha-se do sentimento de rancor
e encha-se de atitudes de reconciliação.
Abstenha-se das muitas palavras vazias,
para encher-se de silêncio e escuta ...
... pois este é o jejum e a abstinência
que Jesus espera de cada um!

Que tenhamos a graça de bem
aproveitar esse tempo de quaresma,
para uma boa preparação
à festa da Páscoa do Senhor.

Domingo de Quaresma


segunda-feira, 8 de março de 2010

A procura do essencial

Público, 2010.03.07
Frei Bento

1. O maior inimigo do cristianismo é a banalização do essencial. Todos os textos do Novo Testamento - cada um com o seu estilo - são narrativas de rupturas, de processos de transformação, de actuações escandalosas, para tocar no que há de mais decisivo na prática de Jesus, que saltou as barreiras das convenções sociais, culturais e religiosas em que nasceu. Hoje, alguns historiadores parecem apostados em mostrar que não há rupturas. Fazem um esforço espantoso de investigação para reduzir Jesus e a sua mensagem a uma das correntes do mundo judaico. Se, antes, certa apologética e certas elaborações cristológicas faziam de Jesus uma figura celeste caída do céu no seio da Virgem Maria, sem história nem geografia terrestres, hoje, procura-se explicar tudo pela sua condição judaica e pelas ideias correntes no judaísmo plural do seu tempo. Para eliminar falsas rupturas, acabam por não explicar como é que Jesus se tornou, por um lado, uma figura tão polémica no interior do judaísmo e, por outro, uma figura universal, interpretada por S. Paulo como não cabendo nos limites do judaísmo. É certo que Jesus não deixou nada escrito acerca das suas experiências, das suas perplexidades e das suas opções. Se eliminarmos, porém, a originalidade inconfundível da sua personalidade e da sua mensagem, dentro e fora do judaísmo, de quem falam os textos do Novo Testamento, tanto os canónicos como os apócrifos? Haverá, dentro dessas narrativas, alguma outra personalidade que o possa substituir e a quem possam ser atribuídas as acções e as palavras de Jesus?Comecemos pelo princípio. Jesus levou muitos anos a encontrar o seu caminho. Quando julgou que o tinha encontrado, guiado por João Baptista - o seu baptismo, de tão incómodo para o seu prestígio, deve ser um facto histórico -, tem uma experiência que o afasta deste mestre para seguir o seu próprio caminho. Essa experiência vem narrada em todos os Evangelhos, embora segundo a perspectiva de cada um. O céu abriu-se e a sua voz era diferente da pregação avinagrada de João Baptista: És um filho muito amado. A partir daí, sentiu a necessidade de fazer um longo retiro para tudo rever. Foi tentado, nesse retiro, pelas figuras do messianismo do seu tempo e, no fundo, pelas maiores e constantes tentações humanas.
2.Um messias verdadeiro tinha de se apresentar com uma solução clara para os problemas económicos, políticos e religiosos do seu tempo e do seu povo. Jesus, no retiro, foi atormentado por essas expectativas, que ele interpretou como tentações diabólicas, isto é, tentações que o desviavam, radicalmente, daquilo que pretendia fazer e daquilo que lhe parecia mais importante.Conta o Evangelho de Marcos que até os discípulos que escolheu não compreendiam o seu caminho. Entre o capítulo quatro e o capítulo dez, isto é repetido oito vezes. Jesus vê-se obrigado a dizer a Pedro, figura destacada do grupo: Arreda-te de mim, Satanás, porque não pensas as coisas de Deus, mas dos homens (Mc 8, 33).Donde vinha este desentendimento? Os discípulos não queriam abandonar a teocracia implicada na noção de Reino de Deus. Julgavam que tinham sido chamados por Jesus para participarem no reino do poder da dominação divina, segundo os modelos dominantes do messianismo. Esta obsessão era tão grande e tão persistente, colocando os discípulos numa vergonhosa luta interna pelo poder, que Jesus sentiu a necessidade de os reunir a todos para lhes mostrar que estavam completamente enganados. Na sua proposta não havia "tacho" para ninguém. Quem quisesse ser o primeiro que se colocasse ao serviço de todos: O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos (Mc 10, 45).Mateus (23, 8-11) não atenua o combate ao carreirismo na comunidade cristã: Quanto a vós, não vos deixeis tratar por "mestre", pois um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis "Pai", porque um só é o vosso "Pai": aquele que está no Céu. Nem permitais que vos tratem por "doutores", porque um só é o vosso "Doutor": Cristo. O maior de entre vós será o vosso servo.
3. Chegados a este ponto, fica claro que nenhuma teocracia se pode reclamar de Jesus nem ele propôs qualquer modelo económico, político, cultural ou religioso. Não por indiferença, mas porque pertence aos seres humanos, dos diferentes povos e culturas, elaborá-los. Fica, porém, um critério e um fermento: só vale, do ponto de vista humano, aquilo que se fizer para serviço de todos, não para dominação de uns pelos outros, sabendo que cada um se considera demasiado grande para ser, apenas, um bom irmão.Chegamos, aqui, ao essencial. Jesus, a partir de uma experiência divina, vinha revelar que todos os seres humanos estão inscritos no coração de Deus e que a tarefa de cada um é inscrever os outros, mesmo os inimigos, no seu próprio coração. Neste reino não há excluídos. Quando fez esta revelação, narrada por S. Lucas, o próprio Jesus se comoveu e exultou de alegria sob a acção do Espírito Santo (Lc 10, 17-22). Era a primeira vez na história humana que se ouviam estas palavras. A Quaresma, como retiro, destina-se a rever tudo e a ficar com o essencial. Que Deus nos perdoe a todos.

domingo, 7 de março de 2010

A conversão

Sempre há quem se converta...

Perdão


O feito mais prodigioso: não guardar rancor.

segunda-feira, 1 de março de 2010

13.º Dia de Quaresma


Transfigurar para transformar

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A humilhação

Às vezes os ataques a pessoas que se admitem religiosas são tão ferozes (quantas vezes semi-ocultos) que se tem medo de admitir professar uma religião.


Uma igreja, em França, foi profanada! A indignação não parece ser muita: « Je suis heureux de voir avec quel empressement les pouvoirs publics, les politiques, la presse et l’opinion publique se révoltent lorsqu’une mosquée ou une synagogue est attaquée. Je m’en réjouis et je me joins à ceux qui dénoncent de tels délits. Mais cet empressement général rend étourdissant le silence à propos des églises. »

Ora et Labora


“O
monge é um baptizado que, dentro do corpo da Igreja,
se dedica de um modo especial ao louvor de Deus.
A Igreja precisa de gente assim, sempre precisou e
sempre vai precisar. Mas também estou consciente de
que nem toda a gente percebe a relevância disso. Eu
entendo muito bem o que é dedicar uma vida à oração
e ao louvor de Deus e como misteriosamente isso vale
para todo o corpo da Igreja. Quando estou a fazer uma
oração, mesmo que individualmente, sei que isso benefi
cia o mundo inteiro. Se não tivesse esta convicção,
não fazia qualquer sentido, era uma busca que teria
muito, se não de egoísta, pelo menos de egocêntrico.
Isso inviabilizaria a minha vida monástica. Mas são
coisas que não se explicam de uma forma meramente
racional. São descobertas que o próprio faz, que outros
fi zeram antes dele e que outros farão depois, e
quem não fi zer essa descoberta, percebo muito bem
que tenha difi culdade em entendê-la”.

11.º Dia de Quaresma


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A experiência da primeira pastora da Igreja Evangélica Presbiteriana


Faz agora um ano que foi ordenada a primeira pastora da Igreja Evangélica Presbiteriana em Portugal. Maria Eduarda Titosse é a nossa convidada e vem contar-nos a sua experiência e o seu percurso na localidade de Bebedouro (onde é a responsável pela comunidade local), mas também para nos falar do papel da mulher no cristianismo. Oportunidade, ainda, para se falar do trabalho da Igreja Evangélica Presbiteriana em Portugal.

O Deus das Surpresas


O Deus das Surpresas

Gerard W. Hughes

Nem quero crer nas coisas que vou aprendendo


10.º Dia de Quaresma


9.º Dia de Quaresma


Pedir desculpa é um acto de valentia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

LA SETTIMA STANZA





8.º Dia de Quaresma


Ouvi uma frase sábia: "Fazer o bem bem feito sem muito alarido."

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

7.º Dia de Quaresma


Repensar a maneira de estar no mundo é um trabalho árduo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

6.º Dia de Quaresma


Saber viver na alegria e na adversidade é sabedoria.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Interessante...











A Caminho da Páscoa


Uma mensagem nova

Nem só de pão vive o Homem.

Em caminhada


E quando a vida enche, mas não preenche?

A bênção

Compromisso

Arrumar a cama todos os dias... Vai ser um inédito...

4.º Dia de Quaresma


A Quaresma é um tempo para aprender a ser diferente.
Para olhar para trás.
Para olhar para a frente e caminhar.
Para ser diferente do maralhal.
Para ser corajoso.
Para dizer "É possível".
Para trazer os outros.
Para dar o exemplo.
Para começar.




Em "sin-tonia"


Estar em sintonia,

Em harmonia.

Sentir-se quentinho, apesar do frio.

Sentir o conforto

E a doçura de cada momento vivido.

Amar a virtude e a pureza.

Fidelidade.

Inocência.

Velar na noite,

Ser em tudo uma luzinha para os Outros.


Eis o que é rezar

Por aqui passo

3.º Dia de Quaresma

Problema





A música ajuda-me a meditar

2.º Dia de Quaresma


Um dia mais calmo, apesar de tudo.

Deixar que a Paz me envolva
E que o coração bata ao sabor da Vida.

Chamados a sermos santos, não é?

Voltarei com a mesma força de antes...?


Cinzas

Cinzas

Da Chama
Que brotaram
Que arderam
Que consumiram
Que encandesceram
Que alumiaram
Que despertaram
Que aqueceram
Que brilharam
Que renasceram

Uma Fénix nova

1.º Dia de Quaresma

Este é o 1.º Dia da Quaresma do ano de 2010 da Era Cristã.

Durante os 40 dias que se seguirão, irei fazer deste blog a minha folha de papel e das teclas do computador a minha pena. Irei viver a Quaresma, aqui, na blogosfera... porque há muito tempo que não saboreio esse tempo a que chamam de Quaresma... Ao menos este é o meu propósito: mal ou bem, irei viver a Quaresma, redescobri-la.
E porquê?
Porque sinto saudades dos momentos que antes vivi e porque tem de existir um sentido para Vida, bem para além da tecnologia, da azáfama da cidade, das canseiras dos dias. Desta vez, estou disposta a redescobrir o que é a Quaresma para viver, dentro de mim, a Páscoa.
Eu sou uma mulher. Uma jovem... em caminhada.